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Azaléia de Itarantim é fechada



A Vulcabrás/Azaléia noticiou na manhã de hoje (16), o fechamento da fábrica em Itarantim. Muitos funcionários foram pegos de surpresa com a notícia.
A informação dá conta de que hoje é o último dia da fábrica na cidade e que os funcionários estariam recebendo a chamada dispensa paga, recebendo seus salários e só retornando no dia 09 de janeiro.
 Funcionários saindo depois da notícia.
A busca por informações.
 Cata recebida na mão de funcionária.
 Funcionários indo embora.
Especulações começam.
Fábrica Fechada.

Ainda segundo informações, as fabricas fechadas são aquelas que se localizam a 50 quilômetros da sede em Itapetinga. Como Itarantim se distancia 81 quilômetros, se enquadra no perfil das fábricas desativadas.
Muitos funcionários que foram pegos de surpresa pela notícia compareceram ao galpão para saberem com mais precisão sobre o fato.
Eles receberam uma Carta de Encerramento de Produção que tem como teor a explicação do verdadeiro fechamento da fábrica. Segundo a carta, inúmeras razões são a causa do fechamento, principalmente os de ordem econômica.

Veja um trecho da carta:


Os funcionários estão recebendo todos os direitos trabalhistas no dia de hoje. Muitos se entristeceram com a notícia.

 Preocupação entre funcionários.

Seguranças vieram da fábrica sede em Itapetinga, juntamente com a brigada de incêndio e médicos no local.
Uma fonte nos revelou que máquinas foram levadas para Itapetinga durante a madrugada de hoje.


O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou inquérito investigatório para que a empresa esclareça a onda de demissões nas unidades localizadas em 11 municípios do interior baiano. Segundo o sindicato da categoria, de novembro deste ano até a presente data, a companhia despediu cerca de 1,5 mil trabalhadores. Como a empresa possui pouco mais de 16 mil empregados, o número é bastante expressivo, pois aproxima-se de 10% da força de trabalho atual. As explicações serão prestadas durante audiência que será realizada na Procuradoria do Trabalho de Vitória da Conquista, na próxima sexta-feira (16/12), às 14h. Além do procurador Marcos de Jesus, que conduz o caso, estará presente um analista na área de economia do MPT para avaliar as justificativas contábeis que a administração da fábrica de calçados apresentar.
O Itarantim On Line esteve agora pela manhã na fábrica mas não encontramos ninguém para comentar a notícia.

A repercussão a nível estadual: Notícia do jornal A Tarde (Salvador)


O fechamento das filiais da Vulcabras/Azaléia em Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí, Iguaí e Itati, nesta sexta-feira, 16, elevaram para 3,3 mil o número de demitidos na região da sede da matriz em Itapetinga, em menos de dois meses.
Um grupo de 1,5 mil operários já havia sido desligado, entre novembro e dezembro, em outras unidades fabris e na sede da matriz da maior fabricante de artigos esportivos da América Latina e maior empregadora do setor no continente, com 40 mil empregados. Até então a matriz baiana mantinha, 18 mil colaboradores, distribuídos na sede e em 18 unidades, incluindo as que foram fechadas.

Justificativa
De acordo com a diretoria da empresa, por meio de “fato relevante” divulgado aos investidores, as demais filiais baianas, num total de 12, serão mantidas e que os operários oriundos das que foram fechadas serão convidados a se transferir para a matriz ou outras unidades.
Ainda conforme a empresa, “a decisão foi tomada com base em um estudo para reduzir gastos para que a companhia recupere as condições para fazer frente à concorrência no mercado interno, especialmente com os produtos importados”.
A direção da empresa disse que ofereceu aos colaboradores a possibilidade de transferência para as demais unidades fabris da companhia que continuarão em atividade, nos municípios de Itapetinga, Itambé, Macarani, Firmino Alves, Itaiá, Itororó e Caatiba e nos distritos de Bandeira do Colônia e Rio do Meio.
Em nota, assinada pelo presidente da Vulcabras/Azaleia, Milton o grupo sustenta que irá disponibilizar transporte diariamente para estas localidades. “Aos que não optarem pela transferência, concederemos uma gratificação financeira de dois salários mínimos, além do pagamento de todas as verbas rescisórias”, prosseguiu.
“Investimos, nos últimos quatro anos, R$ 207 milhões nas fábricas da Bahia, sendo grande parte em segurança do trabalho, o que resultou recentemente na marca de acidente zero no complexo de Itapetinga. Vale ressaltar que esta decisão não tem relação com a abertura da unidade fabril na Índia, que ainda está sendo viabilizada”, disse.
Ainda em nota, o presidente fala que compreende a importância da empresa enquanto atividade econômica para estas comunidades, mas ressalta que “esta difícil decisão se faz necessária para a manutenção das condições de operação”. Ele atribui a “razões de ordem econômica” a decisão da empresa.
Dentre as razões, explica, estão o baixo volume de produção, elevados custos logísticos e concorrência de calçados importados. “As seis filiais têm baixo volume de produção, o que não permite ganhos de escala para melhorar a competitividade. Nessas seis unidades eram produzidos cabedais de calçados esportivos e feito sua montagem final, utilizando componentes da matriz de Itapetinga”, frisou.
A assessoria da empresa assegurou que a produção total do Estado da Bahia não será reduzida e que o complexo de Itapetinga continuará sendo a principal unidade da Vulcabras/azaleia.


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